Onde as terras altas rochosas
de Sleuth Wood encontram as águas do lago ...
Ali há uma ilha arborizada.
Onde garças esvoaçantes acordam ...
lânguidos ratos d'água;
Lá escondemos nossas cubas encantadas.
Cheias de variadas polpas de frutas ...
E as cerejas roubadas mais vermelhas.
Venha, oh criança humana!
Para as águas e as florestas.
De mãos dadas com uma fada.
Pois o mundo é muito mais cheio de tristeza.
Do que você possa entender.
Onde uma onda de luz da Lua ...
Ilumina a turva areia cinza.
Distantes dos mais longíquos rugidos.
Nós pisamos a areia por toda a noite.
Tecendo antigas danças.
Trocando mãos. Trocando olhares.
Até que a Lua se retire ...
Nós saltamos para lá e para cá.
Seguindo as bolhas de espumas ...
Enquanto o mundo dorme e crescem ...
Seus problemas e ansiedades.
Venha, oh criança humana!
Para as águas e as florestas.
De mãos dadas com uma fada.
Pois o mundo é muito mais cheio de tristeza.
Do que você possa entender.
Onde jorra a água corrente ...
Das colinas de Glen-Car.
Em poças por entre os juncos ...
Que poderiam banhar uma estrela.
Procuramos trutas adormecidas ...
E cochichamos em seus ouvidos.
Dando a elas sonhos mágicos ...
Penduramo-nos gentilmente,
Em samambaias que derramam seus cachos ...
Sobre as águas frescas.
Venha, oh criança humana!
Para as águas e as florestas.
De mãos dadas com uma fada.
Pois o mundo é muito mais cheio de tristeza.
Do que você possa entender.
Conosco ele vem vindo ...
Com o olhar desconfiado.
Ele não mais ouvirá o mugido ...
Dos bezerros nos pastos quentes.
Ou a chaleira sobre o fogão ...
Que lhe acalmava o coração.
E não verá mais o ratinho marrom ...
Correndo em volta do pote de aveia.
Pois ele veio, ... a criança humana.
Para as águas e as florestas.
De mãos dadas com uma fada.
Pois o mundo é muito mais cheio de tristeza.
Do que ele possa entender.
Tradução Livre de "Stolen Child"
William Butler Yeats. 1889.
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